Gerir é comunicar
Gerir é comunicar
- Aglutinar e uniformizar estímulos
- Um processo estratégico que exige ser profissionalizado
- Quando a Comunicação Interna é preterida à Externa
Sendo uma atividade que requer treino e talento, a comunicação povoa todas as realidades da empresa, exigindo capacidades adaptadas a cada função, numa espécie de orquestra, que deve ter por maestro um profissional devidamente preparado, com “hard e soft skills” específicos ao nível das disciplinas de comunicação e marketing, para ser capaz de orientar, aglutinar e uniformizar todos os estímulos (e são muitos!) existentes e que emanam desde a mais alta chefia ao rececionista, alastrando ao exterior.
Quer no mais elementar diálogo interpessoal, quer no contacto cliente-marca, quer na análise entre adversários, quer na informação transmitida, quer no seu processamento em conhecimento, quer no que não se chegou a dizer… a comunicação é um processo que deve ser estratégico, para ser uma ferramenta de gestão.
No mundo das empresas, para além da sua face mais visível ou mencionável, sobretudo associada à publicidade, está presente nas mais rudimentares, mas decisivas, relações pessoais, entre colaboradores, clientes, fornecedores, jornalistas, parceiros de negócio, acionistas e comunidade.
Para Aristóteles, a comunicação era a procura de todos os meios disponíveis para a persuasão, com o intuito de levar os outros a adotarem o ponto de vista do comunicador. Na atualidade, o seu objetivo primordial, mais do que influenciar para persuadir, é transformar pela experiência da relação. Assim, entre emissor (quem emite a mensagem) e recetor (quem recebe) tem de haver plena comunhão de ideias, com vista a uma aculturação dos conceitos, valores, comportamentos e atitudes protagonizados, ao nível da empresa, pela identidade da marca.´
Porém, ainda são muitos os casos em que a comunicação interna é tratada de forma isolada em relação à comunicação externa, ignorando-se por vezes os colaboradores, quando estes gostam de dar opiniões, entrar na lida da coprodução, além de que muitas vezes são os primeiros clientes.
Jean Masaryk (1886-1948), antigo ministro dos negócios estrangeiros da então Checoslováquia, dizia “Tudo estaria bem se pelo menos conseguíssemos comunicar. O problema é que raramente o conseguimos”, porque muitas vezes nos esquecemos que comunicação é comunicar e não debitar informação.
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